Por que emagrecer é tão difícil? Especialistas do Sesc apontam principais desafios
Treinos inadequados, baixa intensidade, má alimentação e genética estão entre os principais fatores que dificultam o emagrecimento
Uma pesquisa realizada pela empresa YouGov Profiles em 2023 apontou que 48% dos brasileiros estão sempre tentando perder peso e para 25% dos entrevistados ser bonito significa ser magro. Já entre as mulheres, a busca pela perda de peso é ainda maior, alcançando 53%. Diante dessa realidade, quais são os maiores desafios enfrentados na hora de perder peso? Afinal, por que emagrecer é tão difícil? Se você também tem essa dúvida, o Momento Saber de hoje é para você!
O emagrecimento acontece quando a pessoa tem um estilo de vida saudável, com movimento e boa dieta. Sendo assim, a alimentação desempenha um fator fundamental, correspondendo em média a 80% do processo, conforme explica a nutricionista do Sesc Campinas, Karla Almeida. Isso significa que para emagrecer não adianta apenas estar em movimento se não existir uma dieta uma dieta balanceada.
Para te ajudar a conquistar um estilo de vida mais saudável e alcançar o emagrecimento, Karla Almeida e a educadora física Johanna Barbosa separaram os principais desafios que as pessoas enfrentam para emagrecer. Confira abaixo.
Treinos inadequados: cada indivíduo possui suas particularidades e os treinos devem ser coerentes com isso. A adaptação de cada treino é feita a partir de uma avaliação prévia, onde se compreende a necessidade de cada pessoa. Para o emagrecimento é importante estar atento à execução dos exercícios, ao bom acompanhamento do educador físico, à qualidade do movimento, às repetições corretas e ao tempo de descanso adequado.
Intensidade do treino: o emagrecimento é gerado a partir do déficit calórico, ou seja, é preciso gastar mais calorias do que se consome. Esse gasto é intensificado nos treinos a partir de vários fatores, como tempo de execução e respeito ao tempo de descanso entre as séries, e não apenas à carga e ao e excesso de peso, como muitos pensam.
Medo de ficar muito musculosa: entre as mulheres existe o receio de ficar com o corpo musculoso e robusto. No entanto, Johanna Barbosa orienta: “Fiquem despreocupadas. A musculação é um fator que vai contribuir com o processo de emagrecimento. Ganhar músculo é difícil e eu diria que até mais difícil que o emagrecimento em si. Nós mulheres precisamos ganhar músculo porque com o envelhecimento acontece a perda de massa muscular, o que causa uma piora na qualidade de vida.”
Falta de constância: para dar resultados, a prática de atividade física precisa ser periódica, ou seja, precisa ser um hábito e hábito só é criado a partir das repetidas vezes que se faz algo.
Ansiedade e busca por resultados imediatos: é preciso ter em mente que o emagrecimento é um processo lento e gradual que exige constância, empenho e bons hábitos.
Dietas restritivas: a dieta restritiva deve ser realizada a curto prazo pois a longo prazo torna-se insustentável e isso pode desmotivar, além de poder ocasionar danos para a saúde devido à não ingestão de alguns alimentos.
Déficit calórico: como mencionado anteriormente, o déficit calórico acontece quando se gasta mais calorias do que se consome. Um desafio relacionado ao emagrecimento é o fato de não estar ativo para aumentar o gasto energético. Somado a isso, pode-se citar as escolhas alimentares, pois, segundo a nutricionista Karla Almeida, “a pessoa pode acabar optando por um alimento muito calórico, sendo que com as mesmas calorias ela poderia fazer uma grande refeição ou um lanche com frutas, carboidrato e proteína.”
Beber pouca água: beber água pode não parecer um grande desafio, mas é. Cada indivíduo tem uma necessidade específica, baseada em seu peso. Por isso, estar hidratado é fundamental para que o corpo desempenhe suas funções vitais e colabore com a perda de peso.
Pular refeições: Karla Almeida explica que muitas pessoas não veem perigo nesse hábito e pensam que se não consumirem o café da manhã, por exemplo, estarão ingerindo menos calorias e dessa forma facilitariam o déficit calórico. “Mas não, todas as refeições são importantes”, reforça a profissional. Ela explica que é preciso fracionar a alimentação ao longo do dia para que na refeição seguinte e pessoa não sinta tanta fome e não consuma uma quantidade exagerada de calorias.
Dieta pobre em nutrientes: a dieta pobre em nutrientes prejudica o metabolismo pois de acordo com Karla “você deixa de consumir macronutrientes, como o carboidrato que dá energia, como a proteína que ajuda na construção muscular; ou micronutrientes, vitaminas essenciais, minerais, e acaba perdendo a disposição, a vitalidade e isso contribui muito com patologias. Não é saudável”, reafirma.
Genética: por fim, a genética também é um desafio pois traz predisposições como a obesidade, por exemplo. Para superar esse desafio, destaca Karla, a solução é mudar o estilo de vida. “A genética representa 30% os outros 70% é o que fazemos no dia a dia”, frisa.
Conhecendo esses desafios fica mais fácil traçar estratégias para superá-los. O Sesc Goiás conta com academias e diversas modalidades esportivas, além de atendimento nutricional para seus alunos e trabalhadores do comércio e dependentes com a credencial atualizada.