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Outubro Rosa: campanha alerta para a prevenção ao câncer de colo de útero

Doença pode ser prevenida através do exame Papanicolau e da vacina contra o HPV


Muitas pessoas acreditam que o Outubro Rosa é voltado apenas para os cuidados relacionados ao câncer de mama, mas a verdade é que a campanha nacional vai além, pois é marcada pela conscientização quanto à saúde da mulher de modo geral. Um dos assuntos discutidos neste mês é a prevenção ao câncer de colo de útero, causado pelo vírus HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano), que é sexualmente transmissível.  

De acordo com o Ministério da Saúde, o câncer de colo de útero é o segundo mais comum entre as mulheres em todo o mundo. No Brasil, é o quarto tipo de câncer mais comum na população feminina. O Ministério estima uma média de 5 mil mortes por ano. Segundo o Instituto Nacional de Câncer, o INCA, só em 2020 foram registrados novos 16.590 casos. 

Ainda de acordo com os dados do Ministério da Saúde, mais da metade dos jovens brasileiros entre 16 a 25 anos têm o HPV. Os números também revelam que 54,6% das pessoas na faixa etária analisada estão infectadas e 38,4% delas apresentaram HPV de alto risco para o desenvolvimento de câncer.

“O câncer de colo uterino”, explica a instrutora de Enfermagem do Senac Goiás, Aline Camila Neves Lopes, “é uma lesão pré-maligna causada no útero pelo vírus do HPV. Essa lesão pode ser leve, moderada ou grave, e a forma de diagnóstico é a partir do exame de prevenção, que deve ser realizado regularmente, de forma anual ou semestral, dependendo da indicação”.  

O exame preventivo é o conhecido Papanicolau e pode ser feito em uma unidade básica de saúde da rede pública ou privada. “No resultado é possível identificar se existe uma lesão pré-maligna e a paciente é direcionada para o tratamento ideal”, esclarece a instrutora. 

Vacina 

Outra forma de prevenção ao câncer de colo de útero é a vacina contra o HPV, que é indicada para meninas de 9 a 14 anos e para meninos de 11 a 14 anos. Aline informa que desde março deste ano a vacina também está disponível para mulheres acima de 45 anos e pode ser encontrada na rede pública de saúde e também no serviço privado.  

A vacina previne as formas mais graves das doenças causadas pelo vírus do HPV, como lesões genitais e verrugas, inclusive lesões malignas pré-cancerosas. 

“O câncer pode se manifestar nas mulheres como lesões na região do órgão reprodutor e por se tratar de uma doença silenciosa essas lesões podem crescer numa proporção muito considerável de um ano para o outro. Quando a mulher descobre com antecedência essa lesão é possível fazer o tratamento e até alcançar a cura”, esclarece Aline.  

A instrutora de enfermagem explica ainda que em casos de câncer nem sempre é indicada a remoção total ou parcial do útero: “Muitas vezes as mulheres fazem, por exemplo, o CAF - Cirurgia de Alta Frequência que apenas mata a lesão, sem precisar tirar esse órgão que é tão importante para a reprodução e para o nosso funcionamento hormonal”. 

Caso perceba anormalidades no corpo, como nódulos, sangramento, dores na região pélvica ou nas mamas, a orientação é procurar um médico e fazer os exames com regularidade.

Confira a entrevista completa: