Conheça as doenças causadas pelo uso excessivo das tecnologias
Enfermeira e coordenadora técnica da saúde do Senac Goiás, Aline Camila, afirma que desligar o celular é uma questão de disciplina
Quanto tempo você fica conectado
na internet? Já parou para observar? Um levantamento da
empresa NordVPN sobre os hábitos digitais dos brasileiros, em janeiro
de 2022, apontou que, em média, as pessoas começam a se conectar às 8h33 da manhã
e só se desconectam às 22h13. Somado o tempo de todos os sete dias, em uma
semana comum, o brasileiro passa 91 horas online.
Não há dúvidas de que os
aparelhos eletrônicos são úteis no trabalho, facilitam a comunicação e oferecem
infinitas opções de lazer. Mas, se usados com exagero, eles podem ser
prejudiciais à saúde. De acordo com a enfermeira e coordenadora técnica da
saúde do Senac Goiás, Aline Camila, já existem estudos científicos que apontam
o surgimento de novas doenças causadas pelo uso excessivo das tecnologias.
“Hoje a gente tem uma cadeia de
doenças de acometimento mental e psiquiátrico causadas pelo uso abusivo das
tecnologias. A síndrome do toque fantasma é uma, por exemplo. Essa síndrome é
quando a pessoa tem a impressão de que o celular está tocando ou vibrando
quando na verdade não está. Ela não recebeu nenhuma notificação ou ligação, mas
ela tem uma espécie de alucinação de tanto que ela fica conectada no seu
aparelho”, explica Aline Camila.
Uma outra patologia, conforme a
especialista, é a nomofobia. O termo se refere a um transtorno ligado ao medo
de ficar sem o celular. A pessoa com nomofobia não consegue ter interação
social, conversar, fazer qualquer atividade na ausência do aparelho eletrônico.
“Outra doença ligada ao uso excessivo
da tecnologia é a dismorfia corporal. Hoje com a rapidez das tecnologias, a
aceleração frenética das informações, as pessoas construíram um padrão de
beleza e estético que muitas pessoas visam e deslumbram alcançar. A pessoa fica
tão fissurada de forma doentia em uma figura pública, artista ou digital
influencer que ela começa a ter uma obsessão por aquele padrão”, esclarece a
coordenadora técnica da saúde do Senac Goiás, Aline Camila.
De acordo com ela, todas essas
doenças já estão na Classificação Estatística Internacional de Doenças e
Problemas Relacionados com a Saúde, mas que ainda são pouco conhecidas pela
população. Por serem de caráter comportamental, geralmente as pessoas não tem
autopercepção que estão doentes. “Olhar para si hoje tornou-se muito difícil
justamente por conta do ritmo que estamos levando no nosso dia a dia, e isso
interfere em nossa vida pessoal, profissional e conjugal”, afirma Aline Camila.
O segredo para evitar que o uso das tecnologias seja prejudicial a saúde está na moderação. A profissional garante que desligar o celular é uma questão de disciplina e exercício diário.
Veja algumas estratégias para reduzir o uso excessivo das tecnologias:
- Ioga;
- Terapias alternativas como com
essências e óleos;
- Meditação;
- Atividade física;
- Deixar o celular no modo avião na
hora do sono;
- Ler um livro.
Confira aqui o vídeo completo com a enfermeira e coordenadora técnica da saúde do Senac Goiás, Aline Camila: