Como manter o otimismo nas expectativas para 2023
Psicóloga e instrutora do Senac Goiás explica que é preciso ter autoconhecimento e saber lidar com as emoções negativas para que elas não atrapalhem o novo planejamento
O ano de 2022 foi um ano em que vivenciamos várias emoções negativas, um ano de cenário pós-pandêmico com altos e baixos nos índices de covid-19, um ano de eleições presidenciais bastante turbulentas, e um momento onde a esperança de conquista do hexa na Copa do Mundo não se concretizou. E para saber como não levar essas emoções sociais negativas, além das decepções pessoais, para 2023, a psicóloga e instrutora do Senac Goiás abordou algumas dicas.
Segundo ela, o processo é simples e está ligado ao autoconhecimento. “Dentro disso, eu reconheço as minhas emoções eu eu compreendo que é normal vivenciar emoções negativas. O que é preciso é vivenciar, refletir e seguir, dessa forma essas emoções não vão afetar o meu planejamento, e vão soar como algo positivo nas minhas metas de 2023”, explicou
Para ela, podemos nos organizar com as metas que não foram alcançadas em 2022, pois o início do ano é o momento de refletir e reorganizar. Ela aconselha que devemos voltar nas metas não alcançadas em 2022. “Entenda porque isso aconteceu, se não foi o momento certo, se houve procrastinação ou se foi necessário ter uma mudança de planejamento. Entenda o processo, reflita e se necessário, exclua essa meta e coloque uma nova, ou adapte de maneira que ela esteja favorável aos seus interesses, sua vida e rotina”, ponderou.
Diante das frustrações com a metas não alcançadas, ela explica que não é necessário evitá-las.
“As frustrações são emoções temidas pela sociedade, mas são emoções que precisam ser vividas. É por meio de uma frustração que eu volto para uma reflexão, entendo o que aconteceu, replanejo e faço uma nova ação. Sem as emoções ruins, não é possível parar, refletir e aprender com os erros, sendo incapaz de seguir com um novo planejamento”, ressaltou.
De acordo com ela, a ansiedade para a adaptação do novo, pertence a nossa vida, porém existem dois tipos de ansiedade, aquela que motiva a correr atrás dos objetivos e a estudar. Diante de qualquer mudança, teremos um grau de ansiedade e ela precisa ser benéfica. Já o outro tipo de ansiedade é a que se torna ruim quando ela tira o sono, causa tremores, quando não deixa executar as tarefas do dia a dia, que significa uma ansiedade patológica que é o mal do século.
Para evitar que a ansiedade para o novo se torne uma patologia, é necessário levantar os pilares da saúde mental. Segundo ela, é importante seguir os passos:
- A primeira coisa é ter autoconhecimento. É preciso compreender e reconhecer as minhas emoções para evitar crises e frustrações exageradas, e assim, consigo me relacionar melhor.
- Segundo, é preciso ter uma rotina. Trace a rotina do dia, do mês e as metas. Quando eu tenho objetivos a alcançar, eu baixo o meu nível de ansiedade.
- O terceiro passo é fazer atividade física. É extremamente importante se manter ativo para liberar endorfina e serotonina, que são hormônios do prazer e que baixam o nível de ansiedade.
- Por último, se necessário, procure ajuda de um profissional. Se você estiver com esses pilares levantados, dificilmente você terá uma ansiedade patológica.
Confira a entrevista completa no Momento Sesc Saber.