Atividade intelectual após os 60 anos
Pesquisa aponta que o cérebro na velhice ganha mais flexibilidade
Você sabia que as pessoas entram
no pico da atividade intelectual humana mais ou menos aos 70 anos? Uma pesquisa
da George Washington School of Medicine and Health Sciences (Faculdade de
Medicina e Ciências da Saúde da Universidade de Washington) apontou que o
cérebro começa a funcionar com força total na velhice.
A explicação científica vem de
uma substância chamada mielina, cuja quantidade aumenta com o tempo, e facilita
a passagem rápida de sinais entre os neurônios, aumentando em 300% as
habilidades intelectuais.
De acordo com a assistente social
e gerontóloga do Sesc Goiás, Geruza Alves Rodrigues, o envelhecimento significa
oportunidade de se redescobrir e despertar para novos horizontes. “Quando a
gente chega aos 60 anos, logo vem o pensamento: a minha vida parou? A resposta
com certeza é não. A vida começa a propor novos desafios e projetos nos 60
mais”, explica.
A pesquisa também revela que com
a idade, o cérebro perde a rapidez que tinha na juventude, porém ganha
flexibilidade e oferece maior probabilidade de as pessoas tomarem as decisões
certas e assim ficam menos expostas às emoções negativas. Além disso, ao
atingir os 60 anos, as pessoas conseguem usar os dois hemisférios ao mesmo
tempo, o que permite a resolução de problemas muito mais complexos.
“A velhice é o momento de usar a
criatividade, o potencial e aprendizado para buscar novos conhecimentos. Essa é
uma boa hora, por exemplo, de começar um novo estudo, aprender a tocar um
instrumento e porque não empreender nos negócios?”, ressalta Geruza Alves
Rodrigues.
Contudo a assistente social e
gerontóloga destaca que para envelhecer ativo é preciso estar atento à saúde
física e mental. “Se você quer envelhecer saudável, você precisa se cuidar.
Para isso é fundamental praticar atividades físicas, ter uma alimentação
balanceada, exercitar o cérebro, ter momentos de lazer e cuidar da mente”,
destaca.