Alergias oculares: com a chegada do inverno os olhos podem ficar mais vulneráveis
O clima frio e seco é propício para a proliferação de doenças alérgicas, o que pode ocasionar alguns problemas à saúde dos olhos
O inverno contribui para o surgimento de diversos
problemas de saúde, entre eles estão as alergias oculares, que afetam cerca de 20% da população, de acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia
(CBO). O
frio, a baixa umidade, a poeira e os altos índices de poluentes no ar são
fatores que podem desencadear reações alérgicas.
Os
principais sintomas alérgicos são: sensação de areia nos olhos, vermelhidão,
coceira, irritação, lacrimejamento, inchaço e sensibilidade à luz. Para explicar
e esclarecer algumas dúvidas sobre as temidas alergias oculares, o Momento
Saber dessa semana conversou com a oftalmologista do Sesc Saúde Visão Daniella
Limongi.
A
oftalmologista explica que as alergias acontecem porque no inverno temos uma
baixa umidade e altos índices de poluentes no ar. “Na estação mais fria do ano,
onde o clima é mais seco, temos uma maior prevalência de doenças alérgicas. Isso
acontece porque a camada aquosa do filme lacrimal tende a evaporar mais rápido”,
completa.
Segundo
a profissional, devido ao clima, a região ocular da conjuntiva fica mais propícia
às doenças alérgicas devido à baixa lubrificação. “Nessa época, os olhos ficam mais irritados, e nosso organismo tem uma maior dificuldade de combater esses
poluentes e produzir a lágrima. O que pode ocasionar uma conjuntivite alérgica ou
síndrome do olho seco”, explica.
É importante
ficar em alerta com o aparecimento dos primeiros sintomas. Daniella Limongi orienta
que é possível fazer os primeiros procedimentos em casa. “Lave os olhos com
soro fisiológico, esse soro deve ser conservado dentro da geladeira. Essa
lavagem, conhecida como lavagem mecânica, faz a limpeza das impurezas que irritou
os olhos. Caso os sintomas permaneçam, é importante procurar um atendimento oftalmológico”.
Tratamento
O
tratamento da alergia ocular é simples, basta afastar a substância que produziu
a reação alérgica e fazer lavagem da região ocular. Caso seja necessário
procurar avaliação e orientação médica, o tratamento é feito, em grande parte
dos casos, com o uso de colírios.
“Quando
o paciente chega no consultório com sintomas de conjuntivite alérgica, é comum orientamos
o uso de antialérgico. O restante do tratamento é tópico, com colírios. Raramente
é necessário o uso de qualquer outro medicamento oral”, explica Daniella.
É
importante ressaltar que não é aconselhado fazer o uso de colírios
indiscriminadamente. Para utilizar qualquer medicamento, incluindo os colírios,
é necessário a avaliação e prescrição médica.
Conjuntivite X Síndrome do olho seco
Embora
muitas pessoas ainda tenham dúvidas, há diferenças nos sintomas de conjuntivite
e a síndrome do olho seco. A oftalmologista do Sesc esclarece que os sintomas
do olho seco são mais superficiais. “O olho vai ficar vermelho, como se tivesse
uma areia, mas não vai estar inchado. A Síndrome do olho seco não deixa as pálpebras
com edema, com dificuldade para abrir e dores intensas”, orienta.
Agora,
se caso apresente os sintomas listados acima, como inchaço, dores/ardência e
excesso de secreções, precisa de cuidados redobrados, pois se trata dos sintomas
de conjuntivite. A profissional esclarece que a conjuntivite alérgica não é contagiosa.
“As alérgicas não são transmissíveis. Então, se você está com sintomas de
conjuntivite alérgica, por qualquer motivo que seja, você não vai transmiti-la”.
Dicas para
prevenção
· Evite o uso excessivo de ar condicionado e
ventilador, pois o vento pode deixar os olhos mais secos.
· Evite o excesso de luminosidade das telas e
aparelhos eletrônicos.
· Não coçar os olhos.
· Usar de lubrificantes oculares/lágrima
artificial.
· Em caso de contato com algo que possa causar
reação alérgica, fazer a higiene do local com soro fisiológico, porém deve-se
ter cuidado com o excesso.
O Momento Saber é uma iniciativa do Sistema Fecomércio, Sesc e Senac, que tem por presidente Marcelo Baiocchi. O Sistema integra a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), presidida por José Roberto Tadros.
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