Sesc Universitário recebe Regional Centro-Norte de GoalBall
Modalidade esportiva foi desenvolvida exclusivamente para deficientes visuais. Presidente da CBDV ressaltou importância da parceria
Entre os dias 18 e 21, a quadra do Sesc Universitário foi palco para as competições de goalball que integraram as disputas do circuito Regional Centro-Norte. Foram realizados mais de 30 jogos durante os quatro dias de evento – todos abertos à comunidade com entrada gratuita. As equipes do Distrito Federal dominaram as disputas com campeões tanto na categoria masculina quanto na feminina.
O presidente da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV), José Antônio Ferreira Freire, agradeceu o acolhimento do Sesc Goiás. "O Sesc tem sido muito gentil e sempre que viemos para Goiânia nos é oferecido esse espaço de muito bom grado. Com muita qualidade também, porque é uma grande infraestrutura. Para nós é muito importante, pois serve também para exercer um trabalho de inclusão. É muito bom para integração dos alunos e da população com a comunidade cega", explicou.
Para a gerente do Sesc Universitário, Sabrina Cabral, o evento fez a diferença no dia a dia da unidade e motivou os colaboradores. "Foi gratificante poder sediar os jogos. Foi uma experiência nova e transformadora para todos os que estiveram envolvidos. Eu pude perceber um engajamento grande dos funcionários, fez a diferença aqui. Os jogadores passaram uma energia motivadora, positiva a todos nós. A unidade ficou mais feliz", contou.
Esporte de percepções
O goalball foi criado em 1946 pelo austríaco Hanz Lorezen e o alemão Sepp Reindle, que tinham como objetivo reabilitar veteranos da Segunda Guerra Mundial que perderam a visão. O primeiro campeonato brasileiro de goalball foi realizado em 1987. Ao contrário de outras modalidades paraolímpicas, foi desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência visual. É um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso não pode haver barulho no ginásio durante a partida, exceto no momento entre o gol e o reinício do jogo e nas paradas oficiais.
A bola tem um guizo em seu interior para que os jogadores saibam sua direção. Já a quadra tem as mesmas dimensões das de vôlei, e as partidas são realizadas em dois tempos de 12 minutos. Cada equipe conta com três jogadores titulares e três reservas. De cada lado da quadra, há um gol. Os atletas são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. O arremesso deve ser rasteiro ou tocar pelo menos uma vez nas áreas obrigatórias. O objetivo é balançar a rede adversária.