Pais devem dialogar com seus filhos sobre a saúde financeira familiar
De acordo com a SPC Brasil, 47% dos jovens entre 18 a 25 anos não fazem controle de seus gastos
A educação financeira é fundamental para qualquer pessoa,
independentemente da idade. Mas se esse tema já é complexo na vida adulta, para
os jovens se torna um verdadeiro desafio. De acordo com a SPC Brasil, 47% dos
jovens entre 18 a 25 anos não fazem controle de seus gastos. São 8,6 milhões de
jovens inadimplentes no país. As justificativas para a falta de controle das
finanças vão de não saber fazer (19%), à preguiça (18%), falta de hábito ou
disciplina (18%) e não ter rendimentos (16%).
Segundo o professor de matemática do Sesc Cidadania, Marcelo
Santos, a educação financeira é a base do seio familiar. “As finanças da casa
não devem ser assunto só dos pais. É preciso que eles dialoguem com os seus
filhos e coloquem os jovens para participar daquilo que sustenta aquele lar”,
explica.
Desde 2017, a educação financeira faz parte da Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) no Brasil. Em 2020, de fato o tema passou a ser
implantado nas escolas do ensino infantil e fundamental. Já no ensino médio os
conteúdos relacionados ao assunto entrarão em vigor a partir de 2022, na grade
do Novo Ensino Médio.
“Falar de juros, juros simples, juros compostos e dívidas já
era uma obrigação da matemática. Hoje essa obrigação se torna mais importante,
porque estamos falando da saúde financeira dos domicílios do Brasil”, ressalta
o professor. Segundo ele, a educação financeira da escola contribui para o lado
crítico dos alunos e ensina os jovens a valorizar aquilo que tem.
O professor salienta que o grande segredo não está no como
ganhar dinheiro, mas sim como gastar de forma saudável. “Todo mundo, por meio
do trabalho, vai ganhar o seu dinheiro, o que você precisa saber é gastar bem
esse dinheiro e para isso precisa estar atendo a economia e fazer planejamento
de gastos”, destaca.
Especialistas afirmam que a educação financeira ajuda no
crescimento econômico, com maior poder de compra e maior contribuição aos
investimentos. Outros efeitos são a expansão no sistema financeiro, além de uma
população alfabetizada financeiramente, que saberá como conseguir crédito e
terá a capacidade de realizar investimentos no mercado.
Confira abaixo a entrevista completa do professor Marcelo
Santos sobre o assunto: