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Como começar o ano fora do vermelho

Professora da Faculdade Senac explica que o segredo está em planejar as finanças


Novo ano, novas metas, novos objetivos – mesmos boletos de sempre. A virada do ano é para muitos um momento de renovação e mudanças de planos, mas também pode ser de surpresas desagradáveis para quem não se planejou financeiramente.

Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto Sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA), matrícula escolar, compras materiais, confraternizações, são muitas as despesas e por isso para a professora de finanças da Faculdade Senac, Niuza Adriane, afirma que a palavra chave para começar o ano fora do vermelho é: programação.

“Normalmente o começo do ano é um período que a gente gasta mais. Se você não se organizou antes, não fez provisão ou tem uma reserva de emergência para poder dar conta destas despesas, você precisa repensar um pouco os seus gastos no final de ano, até porque estamos passando por períodos difíceis e por tanto é preciso ter um certo cuidado com os gastos para começar o ano com tranquilidade”, explica a professora.

De acordo com Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 74% das famílias brasileiras estão endividadas Trata-se do maior nível de endividamento já registrado pela confederação, que analisa os dados há 11 anos.

Até o dia 20 de dezembro, os trabalhadores do mercado formal de todo o país deverão receber a segunda parcela do 13º salário, uma oportunidade para pagar ou parcelar as dívidas, segundo a professora de finanças Niuza Adriane. “O 13º salário pode ser um momento para regularizar alguma dívida pendente ou então começar uma reserva de emergência”, ressalta.

Conforme a especialista, as famílias brasileiras precisam identificar três fatores: o quanto ganham, quais são os gastos necessários e os gastos por prazer. Os necessários são aqueles considerados imprescindíveis. Estão ligados a itens como alimentação, moradia, luz, água e afins. Já os gastos por prazer são aqueles que geram bem-estar e atendem mais aos desejos que às necessidades, como roupas de marca, restaurantes e TV a cabo, por exemplo.

“Se você tem esses fatores identificados e organizados, você consegue mensurar seus gastos e saber se estão compatíveis ou não com a sua renda. O importante é ter a disciplina de fazer esse processo. Hoje temos aplicativos de celulares, planilhas, são muitas as formas de organizar, o importante é que funcione para você”, aconselha Niuza Adriane.

Ela explica que a sociedade brasileira tem dificuldade com assuntos relacionados à finança, principalmente porque envolve matemática e mercado financeiro, contudo o pontapé inicial para esse universo está na organização daquilo que você já tem e consome.

Quer saber mais? Assista a entrevista completa no vídeo abaixo: