Na tarde desta terça-feira, 18, o Projeto Teia retornou à Escola Municipal Professor Lourenço Ferreira Campos, no Jardim Guanabara II, para realizar a segunda entrega de óculos aos alunos que foram atendidos e diagnosticados com problemas de visão. Ao todo, 32 crianças foram beneficiadas nesta etapa.

Idealizado pelo Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, a iniciativa conta com a parceria da Prefeitura Municipal de Goiânia e tem como objetivo levar lazer, cultura, educação, assistência e saúde a regiões menos favorecidas da capital. A primeira edição aconteceu no mês de março e atendeu cerca de 5 mil pessoas em dois dias de evento. 

O serviço mais procurado pela população foi a consulta oftalmológica, ofertada gratuitamente pela unidade móvel Sesc Saúde Visão. Após o diagnóstico, os pacientes puderam escolher o modelo de armação desejado para abrigar as lentes. A primeira remessa produzida foi entregue em abril, favorecendo mais de 100 pessoas da região, que não tinham condições de arcar com os custos. 

A diretora da escola, Cíntia Neves Botelho, afirmou que muitos alunos precisavam dessa assistência. “Nós percebemos em algumas crianças uma dificuldade na aprendizagem que era causada justamente por problemas na visão. O Projeto Teia veio a calhar. Era a ajuda que estávamos precisando para melhorar o aproveitamento delas”, concluiu. 

Para garantir a conscientização da comunidade sobre a importância das consultas e das próximas reavaliações, a gerente da Unidade Móvel Sesc Saúde Visão, Digilany Aparecida de Souza, e a enfermeira de Educação em Saúde, Weslainy Cristina de Moura, ministraram uma palestra antes de repassarem os itens aos novos donos. Na oportunidade, a equipe ressaltou alguns sintomas que podem surgir durante o processo de adaptação e fez orientações sobre a utilização correta, para que todos consigam desfrutar da melhor forma possível.  

Mãe e filho atendidos pelo Teia

A dona de casa Keila Tatiane foi beneficiada na primeira etapa das entregas e hoje retornou à escola para buscar os óculos do filho, que também sofre de miopia. Kauan Gabriel Santos, de 9 anos, estava com o exame vencido há mais de seis meses e apresentava dificuldades na escola por conta da visão debilitada. “Ele estava sentindo dores de cabeça, não conseguia enxergar direito o quadro. Meu filho corria risco de perder a visão”, afirma a mãe, que também sofre com a doença. 

Sem condições de pagar o oftalmologista, Keila havia remendado os óculos com barbantes para que o filho pudesse continuar fazendo uso do objeto, que já não contava com as hastes laterais. Com seus novos óculos em mãos, a expressão do menino se encheu de alegria ao perceber que não iria mais precisar andar acanhado e cabisbaixo escondendo o improviso que sustentava as antigas lentes. 

Keila agradeceu o projeto, que segundo ela mudou a vida da família. “Muito bom, eu estou muito feliz, grata. Agora ele vai conseguir enxergar até as mosquinhas”, afirmou com um largo sorriso estampado no rosto.