O dia 1° de Agosto é o Dia Mundial da Amamentação, data criada em 1992 pela Aliança Mundial de Ação pró-amamentação (World Alliance for Breastfeeding Action - WABA) com o objetivo de conscientizar sobre a importância do aleitamento materno. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o leite materno tem todos os nutrientes que o bebê precisa até o sexto mês de vida, incluindo a água, mesmo para aqueles que residem em locais muito quentes.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a amamentação é a principal forma de fornecer ao recém-nascido os nutrientes necessários para sua sobrevivência e seu desenvolvimento.

A chegada de uma nova vida é um momento único e para as mães a amamentação é um momento especial e cheio de desafios. A enfermeira educadora em Saúde do Sesc Goiás, Lilia Moreira Dutra Garcia, falou sobre as principais dúvidas em torno da amamentação e sobre a importância da rede de apoio familiar. Segundo ela, a amamentação é importante para o desenvolvimento físico dos bebês e do vínculo emocional entre mãe e filho. “Além de contribuir com benefícios para a mãe, a amamentação evita infecções, previne anemias, infecções respiratórias e gastrointestinais e influencia diretamente em muitos fatores, como a imunidade do bebê, já que o leite tem grande quantidade de anticorpos que passam da mãe para o filho”, ressalta. 

O fator emocional é extremamente relevante no processo. “O momento da amamentação é aquele que a mãe está com o bebê no colo e tem o contato de barriga com barriga e isso favorece o vínculo afetivo, ajuda no aspecto psicológico da mãe e o neném se sinta mais seguro”, acrescenta. Lilia explicou que para que a amamentação possa ser efetiva, a rede de apoio é fundamental. “Todo apoio que a mãe puder ter com uma rede de apoio bem estruturada é importante porque vai ajudar no processo desde o início até quando ela decidir que é o momento de amamentar. Isso é essencial para evitar até mesmo uma depressão pós-parto”, pontua.  

Alguns mitos que existem dificultam para que as mães possam amamentar. “Muitos bebês nascem com icterícia, o causa o amarelamento da pele e muitas mães acreditam que os chás podem ajudar, mas não é necessário dar chás aos nenéns. A própria amamentação é capaz de eliminar aos poucos o excesso de bilirrubina do organismo do recém-nascido. Algumas pessoas ainda adoçam os chás, então não é preciso já que eles não precisam de açúcar”, afirma Lilia. 

Ela explica ainda que além de todos os benefícios também está incluso na amamentação o fator econômico, pois as fórmulas que imitam o leite materno não contêm todos os nutrientes necessários e ainda são de alto custo. “Nenhuma fórmula é igual ao leite materno e nem possui todos os nutrientes para o desenvolvimento do bebê”, destaca.

Outro mito que permeia o assunto é de que o leite de algumas mães possa ser fraco. Segundo Lilia isso não é verdade, pois acontece que o leite materno tem fases diferentes. “O leite que sai nos primeiros dias é o colostro, que é a principal fonte de anticorpos para fortalecer a imunidade do bebê, depois vem o leite de transição e depois o leite maduro que é aquele leite que fazer com que ele ganhe mais peso”, completa.

Sesc Cegonha

O Sesc Goiás realiza o Sesc Cegonha com objetivo de orientar as mamães para a chegada do bebê. E nesse mês de agosto a programação será nos dias 6, 13, 20 e 27, na unidade do Sesc Centro. O Sesc Cegonha conta com uma equipe multidisciplinar formada por fisioterapeuta, nutricionista, pediatra, consultora do sono, fonoaudióloga, ginecologista/obstetra, psicóloga ou enfermeira. 

Serão abordados temas como alimentação saudável na gestação, cuidados na gestação, parto e puerpério, mudanças físicas da gestação e exercícios de preparo para o parto, os cuidados com o bebê, amamentação, a importância da boa alimentação na gestação, dicas para alívio de cólicas e aumento na produção de leite, obstipação da gestante, mil dias, aspectos psicológicos da gestação, rotina de sono dos bebês. A novidade é que nessa edição haverá a participação de uma advogada para abordar os direitos das gestantes. O evento terá ainda oficina de técnicas de banho do bebê e troca de fraldas.

As aulas acontecem sempre aos sábados, das 8h às 12h. As inscrições podem ser realizadas presencialmente na Central de Atendimento do Sesc Centro por R$ 25 para trabalhadores do comércio e dependentes; R$ 40 para conveniados; e R$ 50 para o público em geral. 

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