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Shows, oficinas e muitos filmes: confira como foi o terceiro dia do Fica 2021

Debate sobre racismo, documentários brasileiros de povos indígenas e oficinas audiovisuais foram destaque


Em seu terceiro dia de programação, o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) reuniu múltiplas atividades formativas em formato híbrido,  contemplando teoria e prática de questões audiovisuais e ambientais. 

A 22° edição, realizada pelo Governo de Goiás por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) com co-realização do Sesc Goiás, se estende até o próximo domingo (19), quando será realizada a divulgação dos filmes vencedores, entrega dos prêmios e o show de encerramento, no mercado municipal da cidade de Goiás. 


Atividades de audiovisual

Nesta quinta-feira (16), as atividades de formação do eixo audiovisual foram destaque na programação. Pela manhã, foram ministradas duas oficinas e três minicursos, transmitidos ao vivo pela plataforma Teams. 

Dentro da mesma temática, as ações formativas abordaram assuntos variados, como a técnica de produção para o mercado para filmes patrimoniais, construção de narrativas urbanísticas e arquitetônicas na produção cinematográfica, aulas de construção de documentário, análise do filme ensaio como forma no cinema Brasileiro e produção audiovisual como forma de documentar memórias em imagens e sons. 

No período da tarde mais três oficinas de cinema aconteceram. Uma de crítica cinematográfica, uma sobre a direção de arte cinematográfica no Brasil e a última sobre a relação das imagens com as histórias dos lugares. 

As atividades têm o objetivo de abrir debates sobre novas possibilidades de produção no cinema independente e estimular novos cineastas a explorarem sua capacidade criativa e percepções por meio da arte. 


Debate sobre racismo 

A programação do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica 2021) contou na manhã desta terça-feira com a mesa de debate “Racismo ambiental: debatendo a diversidade”.  

O debate foi mediado pela vereadora Elenizia da Mata e teve a participação do professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Frei Paulo Sérgio Cantanheide, e da professora de comunicação da Universidade Federal de Goiás, Luciene Dias.

Com um importante e potente diálogo, os componentes da mesa e os participantes puderam debater como o racismo estrutural se perpetua também dentro das questões ambientais e como seria possível que os recursos dessa área pudessem ser gerenciados de forma igualitária.


Mostra Washington Novaes

O segundo dia da mostra Washington Novaes foi marcado por produções nacionais de debate sobre questões envolvendo comunidades indígenas e a sede de poder como protagonista da devastação do meio ambiente, da identidade e do patrimônio humano mudo afora. 

 Ao todo, foram exibidos cinco filmes na tarde de quinta-feira (16), no Cine Teatro São Joaquim. Os documentários brasileiros Mata (2021), Nũhũ yãg mũ yõg hãm: essa terra é nossa! (2019), New York, petei tetã ve rive (2019), Yãokwa, imagem e memória (2021) abordaram temáticas envolvendo indígenas, devastação ambiental e o movimento de resistência de diferentes comunidades. 

Também foi exibido para o público o documentário francês Ophir (2020), que conta a história de uma extraordinária revolução indígena pela vida, terra e cultura, levando à potencial criação da mais nova nação do mundo em Bougainville, Papua Nova Guiné.  

A mostra Washington Novaes terá exibições presenciais até sexta-feira (17), estando disponível on-line até o fim do evento, que acontece no domingo (19). Os filmes vencedores serão premiados com valores entre R$ 10 mil e R$ 30 mil.


Shows

A terceira noite do Fica 2021 também foi animada. Quatro apresentações musicais de artistas vilaboenses fizeram a alegria do público que esteve presente no Cine Teatro São Joaquim. A cantora Helena Castro abriu a noite cantando composições próprias com seu show “Alvorejar”. Em seguida, Ronaldo Alves e Shirley entoaram junto ao público  grandes clássicos da MPB.

O próximo a subir ao palco foi o cantor Rodrigo Dias, que presenteou a plateia com músicas autorais sobre a vivência vilaboense. O encerramento ficou por conta de Gilberto Pereira Nunes e Banda, que levaram o estilo rock gospel para o palco do Fica 2021.


Fica 2021

Promovido pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult Goiás), com apoio do Serviço Social do Comércio (Sesc), o evento continua até domingo, 19 de dezembro, encerrando com e show do músico Renato Teixeira. Foram investidos R$1,5 milhão pela gestão estadual e quase R$ 340 mil pelo Sesc Goiás. 

Neste ano, o formato acontece de forma híbrida: as oficinas e mesas de debate serão realizadas de forma presencial, enquanto as mostras cinematográficas e algumas apresentações artísticas estarão disponíveis nas plataformas digitais. Clique aqui e confira a programação completa.