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Roda de conversa celebra 15 anos do Espaço Literário José J. Veiga, localizado na biblioteca do Sesc Centro

Escritores abordaram as principais obras do autor que tem acervo disponível para visitação do público


Nesta terça-feira (05), o Espaço Literário José J. Veiga, localizado na biblioteca do Sesc Centro, em Goiânia, completou 15 anos e para celebrar a data, foi realizada uma Roda de Conversa sobre o autor que dá nome do espaço. Participaram do momento mestrandos, doutores, sociólogos e afins, além do escritor e doador do material para o Sesc, Luiz de Aquino Alves Neto, membro da Academia Goiana de Letras. 

O Espaço Literário José J. Veiga, inaugurado em 05 de setembro de 2007, acolhe arquivo pessoal de livros, móveis, medalhas e troféus, obras de arte e objetos pessoais do escritor goiano. O arquivo do escritor José J. Veiga, depositado na biblioteca Sesc Centro em Goiânia, abriga uma documentação que representa a maior parte da atividade intelectual do autor nascido em Corumbá de Goiás. O espaço está à disposição de toda a comunidade para visitação.

Os 1839 volumes da biblioteca demonstram o quanto Veiga foi um leitor assíduo e atualizado para o seu tempo. São obras principalmente em português, inglês e espanhol que identificam uma trajetória de leitura que exerceu forte influência na sua própria obra. Um grande escritor é em geral um grande leitor. Por todos esses volumes podemos saber suas preferências teóricas e literárias, suas anotações à margem das páginas, seus livros traduzidos em várias línguas. Sua biblioteca, por fim, é quase a própria existência intelectual de José J. Veiga, autor que impôs um estilo marcante ao lado de outros grandes autores da literatura brasileira.

Junto aos livros há dezenas de documentos que englobam originais de romances, contos, artigos para jornal, além de cartas recebidas de amigos escritores, de tradutores, de familiares. Encontram-se também entre sua documentação cópias de seus textos adaptados para o cinema, o teatro e a televisão. Entre seus manuscritos há algumas preciosidades, entre elas suas agendas. Veiga tinha o hábito de escrever textos em agendas comuns. Por elas é possível percorrer o trajeto de elaboração de alguns de seus principais textos, percurso que pressupõe verificar suas ideias iniciais, as modificações mais significativas, suas pesquisas como escritor de ficção.

Para além da importância que o seu arquivo representa na preservação de sua imagem como escritor, ele também tem um valor inestimável para o pensamento sobre a cultura no Brasil do século XX, em geral, e para o pensamento sobre a cultura em Goiás, em particular, levando-se em conta a amplitude intelectual que sua documentação oferece.