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Por que a música faz tão bem ao nosso cérebro?

Profissionais explicam a reação causada no cérebro humano após escutar música e a sua relevância enquanto fim terapêutico


A música é capaz de proporcionar vários gatilhos emocionais, como lembranças, sensação de bem-estar, saudade, entre outros. De acordo com a instrutora de música do Sesc Goiás e musicoterapeuta, Daiane Lourenço, a música é uma das poucas atividades capazes de acionar várias partes do cérebro: os dois hemisférios, esquerdo e direito, a parte frontal e o córtex, acionando regiões da memória e das emoções.

Segundo ela, as contribuições que a música exerce sobre o ser humano vão além de proporcionar um momento de prazer. “Ela possibilita o resgate social, a inserção da pessoa que está em fase de depressão. Às vezes, a pessoa não consegue não consegue exprimir uma emoção através da fala, mas numa atividade musical, como o canto ou a musicoterapia, ela já consegue se expressar”, destacou.

De acordo com a psicóloga especialista em terapia comportamental, Lorena Bastos, quanto um indivíduo ouve uma música, é liberado no seu sistema neural um hormônio chamado dopamina, que traz leveza, calma e paciência. “Com a música são liberados no sistema nervoso central, hormônios que trazem a tranquilidade e reduzem o nível de ansiedade e estresse. A música traz também a sensação de alívio e até mesmo de concentração”, ressaltou.

Com o tratamento terapêutico por meio da música há um resgate de identidade e manifestação emocional. “Na musicoterapia é possível recuperar habilidades neurológicas perdidas no Alzheimer, Parkinson e na depressão”, explica a musicoterapeuta Daiane Lourenço. Vale lembrar que a música enquanto fim terapêutico só pode ser utilizada por profissionais habilitados para tal.

Por acionar o sistema límbico a música proporciona uma melhora no sistema imunológico como por exemplo de uma pessoa que está acamada, ou que está num tratamento intensivo como o de câncer. “O uso da música no sistema terapêutico alcança esse paciente de forma a proporcionar um momento de prazer e consequentemente otimiza a resposta a outros tratamentos”, endossa Daiane.

Existem pesquisas que comprovam a eficácia da música, tanto que algumas terapias são utilizadas para dar um suporte na evolução de um processo de concentração e cognição. Além disso, a música colabora com o desenvolvimento global da criança. “Um estudo recente comprova que a introdução da música no nível de desenvolvimento escolar traz um grau maior de vocabulário e estabilidade na absorção do conhecimento, principalmente se ele for inserido junto a aula de música e integração com instrumentos musicais. A música realmente é muito favorável em várias fases da vida, tanto na infância, quanto na vida adulta”, contextualiza a psicóloga, Lorena Bastos.

Já a musicoterapeuta Daiane Lourenço, explica que é importante nos apropriarmos da música que é uma das linguagens mais remotas que o ser humano possui. “Ela é utilizada no nosso dia a dia em momentos de descontração e prazer, socialização e introspecção, enfim a música está presente em várias áreas da nossa vida é importante nos apropriarmos dessa ferramenta tão útil, eficaz e potente”, finaliza.