Assistente social ressalta a importância da socialização para a saúde do idoso
Convívio com outras pessoas é fundamental para que o ser humano possa ter uma vida plena
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número
de pessoas com idade superior a 60 anos chegará a 2 bilhões até 2050, isso
representará um quinto da população mundial. Dados do Ministério da Saúde,
indicam que no Brasil em 2030 o número de idosos ultrapassará o total de
crianças entre zero e 14 anos.
A velhice não deve ser negada, deve ser compreendida e
aceita pelo idoso e familiar. Porém, essa fase da vida é composta por muitas
mudanças e perdas, uma delas é o isolamento do convívio social.
“Se tratando de uma sociedade em que supervaloriza a
produtividade econômica, as pessoas quando chegam no momento da aposentadoria,
se afastando do seu ambiente laboral, elas muitas vezes são desvalorizadas.
Fora as questões da vida familiar, em que filhos e netos têm seus afazeres e
ocupações, o idoso se depara com a realidade da solidão”, explica a assistente
social do grupo Vida Plena, no Sesc Anápolis, Ana Maria Tavares.
A manutenção dos relacionamentos familiares, sociais e
afetivos, e as trocas interpessoais são essenciais para o bem-estar e a
qualidade de vida de pessoas de todas as idades. A ausência do convívio social
afeta as emoções, podendo causar transtorno de humor, insegurança, medo,
frustração e angústia.
“Nesse período de pandemia, nós vimos duas coisas
acontecerem. Tanto a sociedade passou a enxergar mais o idoso, porque ele
esteve constantemente no topo da pirâmide de risco e ainda está; e por outro lado
nós vimos os cuidados que os familiares tiveram com esse grupo. Contudo, nesse
contexto de isolamento social, para os idosos os efeitos da privação de
convívio foram mais bruscas”, destaca a assistente social.
De acordo com ela, nessa fase da vida os vínculos sociais
precisam ser reforçados. A pessoa idosa precisa se redescobrir, perceber que
outras pessoas estão nessa mesma circunstância da vida e que isso não é
barreira. “Em qualquer etapa da vida humana é muito importante termos os
relacionamentos intergeracionais, também é muito importante que desenvolvamos
vínculos com pessoas da mesma geração”, afirma.
VIDA PLENA
Para a assistente social, Ana Maria Tavares, enxergar novas
dimensões é muito mais fácil em um ambiente grupal. O trabalho do grupo Vida Plena
do Sesc Goiás tem o objetivo de promover a autonomia, integração e participação
da pessoa idosa na sociedade. “É fundamental que o idoso conviva com pessoas da
mesma geração. Essa socialização garante um envelhecimento mais saudável, tanto
no aspecto físico quanto mental”, garante.
Desde o início da pandemia, os trabalhos do grupo Vida Plena
se tornaram online para garantir a saúde dos seus integrantes. As reuniões,
palestras e oficinas são virtuais, assim como as aulas de atividade física e
recreação.
Clique aqui e saiba mais sobre esse projeto.